Os homens em tratamento com reposição de testosterona devido à uma redução dos níveis desse hormônio não apresentam um risco mais elevado de desenvolver câncer na próstata que os homens que não fazem a reposição. Essa foi a conclusão de um grande estudo britânico publicado em 2012. Os pesquisadores observaram quase 1400 homens tratados com reposição de testosterona por até 20 anos, e detectaram apenas 14 casos de câncer nesses pacientes durante o período do estudo. Esse número corresponde a um diagnóstico de câncer prostático a cada 212 homens. Na população geral do Reino Unido (país onde se fez o estudo), a frequência do câncer de próstata é aproximadamente um caso para cada 200 homens. Estatisticamente não se pode dizer que haja diferença entre o grupo estudado e a população geral. Todos os tumores detectados estavam em estágio inicial e, portanto, eram potencialmente curáveis.“Esse mito que liga a reposição de testosterona ao desenvolvimento do câncer de próstata estava na mente dos médicos há mais de 60 anos,” diz o coautor do estudo, Dr. Malcolm Carruthers, diretor do Center for Men’s Health em Londres. “Mas essa pesquisa mostra que a reposição de testosterona é, na verdade, boa para a próstata.”

Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22672563